Estação do Metrô
"...E corriam até onde a luz alcançava, com uma pequena pausa para descerem as escadas malditas, já se podia ver o fim da estação. Seus corpos quentes atravessavam o ar frio da madrugada e seus risos inevitáveis impediam a pronúncia de uma sequer palavra. Deram as mãos enquanto fitavam a contínua luz do teto que cessava sobre a escadaria. A embriaguez os levara a um patamar de felicidade exacerbada, ações alucinadas apenas foram reclusas por um ínfimo sinal de lucidez. Naquele momento só queriam viver e só pensavam em correr, correr e correr." (Meados de 2OO9)
Tangente de Alfa
"...Seu coração palpitava com a mistura de emoções daquele momento. Mesmo que não fosse a primeira vez, seria ainda melhor. Medo, insegurança, inexperiência, ansiedade, desejo, receio e satisfação... todos camuflados em um belo rosto pálido de uma mente extremamente curiosa. Naquele instante em que seus dedos tocaram a nota de dez reais, seu coração palpitou mais forte, mas o jovem não poderia perceber isso. Apenas se posicionou e fez. Podia sentir a ardência em seu septo até próximo à faringe e logo sentia a dormência em seu maxilar, o gosto ruim não era importante naquele momento, apenas o desejo de sentir aquele prazer acelerado mais uma vez. Sua pele ainda mais pálida estava fria enquanto seus lábios ressecavam, seu olhar viajava rapidamente de um local à outro e seu corpo, mesmo sem forças, gritava por movimento, por qualquer ação impulsiva que o fizesse se manifestar. Nada poderia potencializar ainda mais a angustia da paixão do que aquela sensação, ainda assim, nunca mais consegui relembrar tal sensação, a melhor." (Meados de 2O1O)
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