terça-feira, 30 de novembro de 2010

Restos podres

     Não há como me enganar. Pode ser que esta minha jornada esteja chegando ao seu mais honroso fim, mas ainda existe algo de você bem aqui, bem à fundo em mim, em meu peito frágil. Um toque, um suspiro, uma breve lembrança do que sempre foi breve. Um só mergulho de recordações e todo o sangue do meu pensamento escorre por meu rosto, lembrando-me da podridão que restou de ti em mim. E por fim, apenas um só beijo em ilusão remete ao alicerce de toda a angústia que dilacera cada fio de liberdade da minha razão... e torna o sonho mais utópico em uma irônica sinfonia de perfeição.

Infância

E a mim ofereceram sem piedade o doce beijo da crueldade, tão implícito na mais crua falsidade da inocência e arrancaram-me a ingenuidade, assim como quase toda a minha segurança e felicidade. Perdi-me em meu eu mais intrínseco e num vislumbre vejo algo do que me tornei. Se não um diamante raro, um alento à jovens mentes fartas que, como eu, apenas almejam a liberdade.




domingo, 21 de novembro de 2010

O mesmo rosto

Várias faces de um mesmo rosto... o mesmo rosto de falsas emoções salientadas a fim de camuflar um sentimento reprimido. Que em verdade, são vários. E graças a estes, as mais verdadeiras faces da minha alma gritam no mais alto tom de felicidade. Ambígua veracidade trapaceira dos sentimentos, sempre a me enganar. E então, eu faço apenas o de costume, uma nova barganha. Somente outra barganha de comportamento.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Volubilidade Metódica

Refazem-se os versos da minha alma e desfazem-se os pensamentos e te cala. Me cala, conforta-me nas características mais intrínsecas do meu eu e me afaga, gentilmente. Recrio-me e me acalma.
Às vezes sinto que meus sonhos são muito mais do que mera ilusão, são simplesmente muito mais tangíveis do que minha própria realidade.